Por: Graça dos Santos
Em tom alto e arrogante, o boateiro jornalista Graça Campos afirmou, com máxima certeza, que o Presidente João Lourenço estaria em vias de apresentar, nas duas reuniões de sexta-feira (do BP e CC) da pretérita semana, uma possível data para realização de um congresso extraordinário para alterar o estatuto do MPLA, de modo habilitá-lo a mais uma disputa à liderança do seu partido.
Para o adivinho, o congresso seria realizado no final deste ou do próximo ano 2025. Além disso, o PR quereria também fazer mudanças drásticas no BP, medidas que Graça pretensamente chamou de “Afiar Facas”.
Graça Campos, como é costume deste intriguista-mor, não revelou o suposto iluminado que lhe terá fornecido a enganosa informação.
Na mesma semana, o homem que diambula pelos hospitais, bares e tabernáculos de Lisboa, afirmou ter visto Victor Hugo Mendes e António Sawanga, Presidente do “Movangola”, numa negociação onde se terão feito acertos para o primeiro ser mestre de cerimónia de um encontro entre o Presidente da República e os angolanos radicados em Portugal, no decurso da visita do PR àquele pais por ocasião das festividades do 25 de Abril, assinalado pelos portugueses como a data da queda da ditadura com a “Revolução dos Cravos”.
No texto, Campos quase jurou de pés juntos que viu e falou com VHM sobre o atentador assédio de Sawanga ao agora jornalista da RTP. Alucinou até números em valores monetários.
Para surpresa de todos, Victor Hugo Mendes fez um desmentido que obrigou o velho jornalista a se retratar das suas vertigens com as calças húmidas.
Atolado, Campos agora atribuí alguma desonestidade ao seu confidente amigo das boemias saídas dos botecos na Tuga.
Para não variar, as duas reuniões dos órgãos do MPLA – quer do Bureau Político quer do Comité Central, na sexta-feira, 20 – não abordaram nenhum dos temas vaticinado pelo brilhante adivinho.
Esboroado e entalado no lamaçal, o patrono do Correio Angolense tornou-se num assíduo catador de resíduos informativos que vai pulverizando insalubridades na opinião pública. Cuidado, que o diabo engana de Graça com verniz vermelho!
