O grupo de angolanos residentes na diáspora que participa no 1°. Encontro Nacional do Movimento Nacional Angola Real (MONAAR) está efectuar um périplo nas províncias para constatar de perto a realização dos projetos desenvolvidos pelo Executivo nos sectores da saúde, educação, energias e outros de grande impacto social. Esta iniciativa do MONAAR, alinhada às festividades da Paz, visa, essencialmente, mostrar a comunidade residente no estrangeiro os avanços que o país teve depois do conflito armado.
O conflito armado durou aproximadamente três décadas (27 anos), e o país ficou bastante destruído. Porquanto, a Administração do Estado foi reposta em todo território nacional somente em 2006, volvidos quatro anos após assinatura dos “Acordos do Luena” que puseram fim à guerra civil em Angola. Durante esse período, o Estado, quer com recursos próprios, quer com os recursos provenientes das linhas de financiamento estrangeiro, tem estado empenhado na reconstrução das infraestruturas destruídas, bem como em infraestruturas construídas de raiz.
Pelo sim, pelo não, a verdade é que há muitos angolanos residentes na diáspora que não conhece os investimentos que Estado tem feito.
O Angola News ouviu um dos membros que integra a caravana, e este afirmou, peremptoriamente, que existe uma Angola diferente daquela que as redes sociais passam. Claramente que ainda há muito para se fazer, mas os feitos tangíveis devem ser reconhecidos, reforçou.
Um outro membro da delegação salientou que é fundamental que se conheça o país real para se identificarem as áreas que oferecem as melhores oportunidades para o investimento. Com esse diagnóstico, nós os angolanos residentes na diáspora já temos noção de como podemos contribuir para o desenvolvimento do país, no curto, médio e longo prazo, adiantou.
Na quarta-feira, 3, a Direção do MONAAR e as delegações da diáspora, foram recebidas, à tarde, no Palácio Presidencial pelo Presidente da República, João Lourenço. No encontro, o Presidente pediu ao grupo de angolanos que reside no estrangeiro que mantivessem a sua ligação com a pátria, pois é aqui onde estão os vossos ancestrais.
“Simplesmente, o mínimo que podemos pedir de vocês é que mantenham o vínculo com a terra. Viver no exterior pode ser bom, mas nunca se esqueçam das vossas origens, de onde vocês saíram. Vocês estão lá, com a família mais restrita, mulher e filhos, netos, eventualmente, mas ainda deixaram aqui os tios…grande parte da família não puderam levar, continua em Angola. Então, este vínculo tem que ser mantido”.
O Presidente João Lourenço deixo claro, contudo, que se tenha cuidado com o país real que é telegrafado nas redes sociais.
(…) “através das redes sociais, há pessoas mal intencionadas que, às vezes, passam para vocês uma realidade distorcida daquilo que Angola realmente é”.
O Executivo do Presidente João Lourenço tem compulsado esforços para promover a imagem de Angola no exterior, de modo a gerar um clima de confiança nos investidores. Todavia, a opinião pública sobre o país lá fora é crucial. E os principais vasos comunicantes são os angolanos residentes na diáspora.
Acredita-se que a MONAAR realizou essa actividade com este nobre objetivo.
